31 março 2008

Halloween


Tentar construir uma nova versão de um clássico é sempre algo complicado. Em alguns casos, bem complicado.

Especialmente quando o clássico se refere a um filme de terror como Halloween. Não que esta nova produção seja uma refilmagem do original, de 1978, mas o novo filme resgata um personagem que se transformou numa lenda para os fãs do gênero: Michael Myers.


O filme começa com um puto feio e mascarado a brincar com o seu rato de estimação. Logo é nos mostrado uma rápida apresentação dos seus familiares e, consequentemente, o seu conturbado ambiente familiar. Em seguida, mostra-nos o inferno que é sua vida escolar. É muito interessante esta “apresentação” do filme e de Michael Myers, antes dele se tornar no assassino que todos conhecemos. O resto do filme conta a história desse puto e da sua posterior e já conhecida fuga do hospício para regressarr á sua cidade-natal e perseguir a irmã que sobreviveu ao seu massacre.

A ideia não é nada nova: agarrar num personagem muito conhecido e popular - verdadeiro ou de ficção, como é o caso de Myers - e explorar o “surgimento da lenda” ou, neste caso, do “monstro”. O elenco da parte inicial do filme, que constitui a família de Michael, é bem competente, com destaque para Sheri Moon como Deborah Myers - a mãe do pestinha, interpretado pelo chato e fraquinho Daeg Faerch (que, feio como é, só podia ser estrela de um filme de terror… hehehehe). Descobri depois que Moon é a “diva” do sinistro realizador Rob Zombie, com quem é casada…. É inetessante ver Malcolm McDowell como o psicólogo Samuel Loomis - sempre que o vejo lembro-me do filme maravilhoso de Kubrick, Laranja Mecânica, quando interpreta o inesquecível Alex.

Enquanto o chato do Faerch está em cena, o filme perde enquanto interpretação… mas depois enquanto o tempo passa e entra em cena o “gigante” adulto Michael Myers - interpretado pelo canadense Tyler Mane - as coisas melhoram. Só lamento que mudaram um pouco a história na parte final… para quem se lembra do Halloween original, não foi exatamente assim que tudo aconteceu quando Myers volta a Haddonfield. Não gostei que tivessem mudado essa parte… não seria bem mais fácil contar a história do tal como na versão original?

O realizador Rob Zombie (novo nestas andanças cinematográficas), resgata alguns elementos básicos de filmes do género e do personagem, o que não desmerece de todo o filme.

Outra coisa que gostei particularmente, foi que tivessem usado a música original de Halloween. Que maravilha! Assim como aquela máscara que se tornou um símbolo de uma época.

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