19 fevereiro 2008

Cloverfield

Depois de uma forte campanha na internet que deixou muita gente louca, com teasers, fotos e até cinco minutos do filme, finalmente vi Cloverfield no cinema, não uma vez, mas três! É daqueles filmes que se pode gostar muito ou então detestar completamente, não consigo ver um meio termo. Saí realmente muito contente do cinema, pois o filme é assustador e intenso, ou seja diversão garantida. Da primeira vez, a intensidade foi excitante, das outras tive mais cuidado ás técnicas usadas, e desdobrar a ficção da emoção que envolve o filme. Ainda assim houve algumas pessoas que sairam a reclamar, uma inclusive saiu a exigir que queria o dinheiro de volta (segundo a funcionária da bilheteira que me vendeu o terceiro bilhete). Produzido por um dos produtores da série Lost, J.J.Abrams, o filme tem um pouco daquele mistério que envolve a própria série.

A obra foi filmada totalmente com uma camara de mão, deixando a quem está a assistir, a mesma perspectiva dos pobres actores que vão a correr feitos loucos do monstro gigante que vai destruindo toda a cidade de Nova York. Se ainda não viu o filme através de uma particularidade é que pode ficar á espera de ver por uma camara tremida com toda certeza, algumas pessoas disseram sentir um certo desconforto. Eu não senti nada de anormal.
Logo no inicio do filme lemos uma mensagem de que a fita exibida foi encontrada no que antes era conhecido como “Central Park”, ou seja, temos logo a percepção de que a cidade no final do fim está completamente destruída. Devido a este facto, as comparações com o “Blair Witch Project ” (O Blair Witch Project 2, não conta! Aquilo foi uma insandice sem limites que inventaram) são inevitáveis para alguns. Só que para mim para na questão de ser filmado com uma handcam, de resto não temos mais nada parecido, principalmente o orçamento, onde a diferença é altíssima. Cloverfield foi filmado para se parecer com um filme barato, mas não foi. A arrecadação inicial nos Estados Unidos foi muito boa, com certeza devido ao facto da campanha apresentada na Internet. Os actores desconheçidos ajudam ainda mais com que pensemos desta forma.

Claro que o grande mistério do filme e que nos deixa completamente loucos é o tal Monstro. Como ele é realmente? Só o vemos mais claramente no final do filme. De resto apenas o vemos em algumas cenas rápidas. E a principal questão está situada fora do filme, quem é afinal esse montro, de onde veio? Vários fãs do filme têm algumas sugestões, eu prefiro pensar que ele veio das profundezas do Oceano. Afinal, ficaria um pouco estranho se ele fosse um extraterrestre que veio do espaço e caísse directamente em Manhatan.

O ponto forte do filme é justamente esse, o mistério. Ficar ansioso por querer ter algumas explicações sobre a origem deste “Godzilla”, parece-me ser um excelente assunto para extras em DVD, sites na Internet ou ainda quem sabe, uma possível continuação. É a mesma coisa que penso sobre alguns filmes de Zombies do grande George Romero, onde tanta gente se questiona em forma de reclamação, de que os Zombies aparecem do nada e passam o filme inteiro a perseguir as vitimas e a comer indiscriminadamente sem nos dar explicações. Durante o filme vamos seguindo aquele ritmo frenético para tentarmos ver que raio é afinal aquele monstro. Lembra-nos uma aranha ou caranguejo gigante, um dinossauro, e aqueles parasitas aracnídeos que saem do seu corpo atacando tudo e todos? No meu intimo, mesmo que houvessem respostas, neste momento eu preferia não as conheçer, apenas para aproveitar durante mais algum tempo esta estupida sensação de impaciência.

Alguns momentos bem humorados são outro ponto forte do filme, principalmente no momento em que o “cameraman” Hud diz: “As nossas opções são: morrer lá em cima na rua, morrer no túnel ou morrer aqui dentro desta sala.”

Não digo que seja um filme 5 estrelas, talvez se explorassem mais um pouco as personagens e nos deixassem apegarmo-nos um pouco mais a elas, e não ficar apenas a vê-las a morrer uma a uma como se fossem brinquedos descartáveis, me deixasse um pouco mais confiante no “5 estrelas”.

Há imensas criticas de supostos criticos de cinema, que apontam ínumeras insatisfações que deixam o filme totalmente fora com o tom de “realidade”, eu prefiro deixar a diversão me levar e descontrair e não ficar agarrado a “mesquinhiçes desnecessárias”.

2 comentários:

Unknown disse...

Bem....este filme tem k se lhe diga...meu rico dinheirinho...
Pr'a mim teve 3 fases:
- Mas que merda de filme é este?
- Agora está a melhorar!
- Mas que merda de filme é este?`
Não consigo dizer se é um bom filme...há partes em que ficamos agarrados à cadeira com tanta emoção...mas a porcaria da cãmara faz doer a cabeça...
foste ver 3 vezes? doidooooooooo
Continuo a dizer...meu rico dinheirinho...
Beso

Unknown disse...

ahh e esqueci de salientar que apenas fui ver este filme porque uns meninos tinham medo do Saw 4 e não queriam ver a Soraia Chaves a dizer badalhoquices!! (é aqui por bragança a escolha cinematográfica é grande...)