07 novembro 2007

Dead Silence

No actual estado do terror, os filmes afirmam-se entre o publico cada vez mais, desde que tenham uma história sobre um rapaz num armazém a ser torturado, ou como ir a um país estrangeiro e ser raptado por tipos macabros que gostam de esventrar turistas ainda “vivinhos da silva”.

Evidentemente, o sub-género foi mais ou menos revivido por James Wan e Leigh Whannell com o filme “Saw”, (se bem que seja um tema já muito batido nos remakes de filmes Nipónicos), o que é mais importante é que atingiu a categoria de “R Rated”, que conduziram, inadvertidamente ou não, a Hostel, Texas Chainsaw Massacre, etc . Já para não mencionar as suas próprias sequências. Por isso, é admirável que Wan's tenha tido um seguimento tão substantivo, tendo novamente co-escrito este Dead Silence com Whannell. Mesmo estando longe do seu anterior filme, do que se poderia esperar, pode frustrar alguns fãs da ideologia “Saw”, até porque o filme está a ser tão comercializado de forma tão agressiva como sendo um filme "Dos Criadores de Saw! ". Em vez disso, é mais no sentido de ser um velho “Hammer movie”, dando assim entrada directa para a estante dos "Splat Pack".
O filme começa com Jamie (Ryan Kwanten) e sua esposa Lisa (Laura Regan) prestes a desfrutarem de um jantar romântico na cama. São interrompidos por um pacote suspeito deixado na sua porta. Dentro do pacote está um ventriloco chamado Billy, que lembra-os de um velho poema que ouviam quando eram crianças sobre a lenda de Mary Shaw. Jamie deixa Lisa sozinha enquanto vai á rua para comprar comida, e quando volta a casa, ela está morta com o seu maxilar completamente rasgado.

Sob suspeita da polícia (representada por Donnie Wahlberg, o policia de Saw II, desempenhando aqui um personagem muito mais simpático), Jamie regressa à sua cidade natal, para encontrar quem lhe enviou o boneco, e porquê.

Tenho a certeza de que este é um thriller inteligente embora seja provável que venha a desiludir os fãs que estão á procura de uma nova experiência “Saw”, (embora exista um agradável suspense). Na verdade, o filme ganha pela sua irreverência.
Assim como Saw foi uma lufada de ar fresco no momento, Dead Silence também o é neste período. É um thriller bem trabalhado com algumas boas doses de adrenalina, o que é cerca de 100x mais comparando com as mais recentes ofertas do género.

Não que o filme seja perfeito. As razões subjacentes de Mary Shaw do reinado do terror, uma vez revelado, são um pouco semelhante a um “Darkness Falls”, e os efeitos sonoros de "Dead Silence" são um pouco usados em demasia quando não são necessários, o que fazem perder a sua “creepiness” depois de algum tempo. Mas quando consideramos o quanto há para nos queixar-mos de quaisquer outros filmes de terror que tenham saído este ano (em especial a partir de um grande estúdio como a Universal Pictures), estas pequenas imperfeições estão praticamente anuladas.

O filme é muito bem realizado apresentando uma excelente fotografia (cortesia de John Leonetti), com um pesado olhar frio e azul o que faz parecer que os mais ínfimos speck´s de vermelho saltem para fora do ecrã. Whannell deixou-me bem impressionado. O seu argumento é sólido e inteligente, com uma certa dose de comédia (cortesia de Wahlberg) e uma história que nem arrasta nem é apressada.

E, naturalmente: os fantoches. Eu acho que é seguro admitir que o seu nível de gozo dependerá, em grande parte, se achamos os fantoches com ar assustador ou não. Saw IV está prestes a chegar ás nossas salas de cinema. Entretanto Dead Silence (que deveria ter sido lançado ao mesmo tempo que Saw II, mas o falecimento do produtor Gregg Hoffman dificultou a pós-produção) chegou finalmente aos Blockbusters nacionais. É uma boa entrada para o esperado Saw IV. Deve ser apreciado por aquilo que ele é, “the best ventriloquist horror movie ever”.

http://www.deadsilencemovie.net/

3 comentários:

Anónimo disse...

Olha ainda bem que falaste aqui neste filme!
Estava aqui por casa sem nada para fazer e lembrei-me de vir passear por aqui pelo Blog e li o que escreveste sobre o Dead Silence...
Conclusão? Vesti-me e fui á Blockbuster aqui da zona e aluguei o filme... cheguei a casa, pipocas e suminho, acabou o filme e eu colada ás almofadas do sofá... Lindo!

Obrigado,
Tânia

Anónimo disse...

Grande amigo pá! Fantástico Blog, continua assim!

Anónimo disse...

Olá, para além de seres muito giro, escreves muitissimo bem! Concordo bastante com o que disseste sobre o 30 dias de terror. Fui vê-lo ontem depois de ter lido a tua critica.

beijokas e bom trabalho!