No actual estado do terror, os filmes afirmam-se entre o publico cada vez mais, desde que tenham uma história sobre um rapaz num armazém a ser torturado, ou como ir a um país estrangeiro e ser raptado por tipos macabros que gostam de esventrar turistas ainda “vivinhos da silva”.
Evidentemente, o sub-género foi mais ou menos revivido por James Wan e Leigh Whannell com o filme “Saw”, (se bem que seja um tema já muito batido nos remakes de filmes Nipónicos), o que é mais importante é que atingiu a categoria de “R Rated”, que conduziram, inadvertidamente ou não, a Hostel, Texas Chainsaw Massacre, etc . Já para não mencionar as suas próprias sequências. Por isso, é admirável que Wan's tenha tido um seguimento tão substantivo, tendo novamente co-escrito este Dead Silence com Whannell. Mesmo estando longe do seu anterior filme, do que se poderia esperar, pode frustrar alguns fãs da ideologia “Saw”, até porque o filme está a ser tão comercializado de forma tão agressiva como sendo um filme "Dos Criadores de Saw! ". Em vez disso, é mais no sentido de ser um velho “Hammer movie”, dando assim entrada directa para a estante dos "Splat Pack".
O filme começa com Jamie (Ryan Kwanten) e sua esposa Lisa (Laura Regan) prestes a desfrutarem de um jantar romântico na cama. São interrompidos por um pacote suspeito deixado na sua porta. Dentro do pacote está um ventriloco chamado Billy, que lembra-os de um velho poema que ouviam quando eram crianças sobre a lenda de Mary Shaw. Jamie deixa Lisa sozinha enquanto vai á rua para comprar comida, e quando volta a casa, ela está morta com o seu maxilar completamente rasgado.
Sob suspeita da polícia (representada por Donnie Wahlberg, o policia de Saw II, desempenhando aqui um personagem muito mais simpático), Jamie regressa à sua cidade natal, para encontrar quem lhe enviou o boneco, e porquê.
Tenho a certeza de que este é um thriller inteligente embora seja provável que venha a desiludir os fãs que estão á procura de uma nova experiência “Saw”, (embora exista um agradável suspense). Na verdade, o filme ganha pela sua irreverência.
Assim como Saw foi uma lufada de ar fresco no momento, Dead Silence também o é neste período. É um thriller bem trabalhado com algumas boas doses de adrenalina, o que é cerca de 100x mais comparando com as mais recentes ofertas do género.
Não que o filme seja perfeito. As razões subjacentes de Mary Shaw do reinado do terror, uma vez revelado, são um pouco semelhante a um “Darkness Falls”, e os efeitos sonoros de "Dead Silence" são um pouco usados em demasia quando não são necessários, o que fazem perder a sua “creepiness” depois de algum tempo. Mas quando consideramos o quanto há para nos queixar-mos de quaisquer outros filmes de terror que tenham saído este ano (em especial a partir de um grande estúdio como a Universal Pictures), estas pequenas imperfeições estão praticamente anuladas.
O filme é muito bem realizado apresentando uma excelente fotografia (cortesia de John Leonetti), com um pesado olhar frio e azul o que faz parecer que os mais ínfimos speck´s de vermelho saltem para fora do ecrã. Whannell deixou-me bem impressionado. O seu argumento é sólido e inteligente, com uma certa dose de comédia (cortesia de Wahlberg) e uma história que nem arrasta nem é apressada.
E, naturalmente: os fantoches. Eu acho que é seguro admitir que o seu nível de gozo dependerá, em grande parte, se achamos os fantoches com ar assustador ou não. Saw IV está prestes a chegar ás nossas salas de cinema. Entretanto Dead Silence (que deveria ter sido lançado ao mesmo tempo que Saw II, mas o falecimento do produtor Gregg Hoffman dificultou a pós-produção) chegou finalmente aos Blockbusters nacionais. É uma boa entrada para o esperado Saw IV. Deve ser apreciado por aquilo que ele é, “the best ventriloquist horror movie ever”.
http://www.deadsilencemovie.net/
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3 comentários:
Olha ainda bem que falaste aqui neste filme!
Estava aqui por casa sem nada para fazer e lembrei-me de vir passear por aqui pelo Blog e li o que escreveste sobre o Dead Silence...
Conclusão? Vesti-me e fui á Blockbuster aqui da zona e aluguei o filme... cheguei a casa, pipocas e suminho, acabou o filme e eu colada ás almofadas do sofá... Lindo!
Obrigado,
Tânia
Grande amigo pá! Fantástico Blog, continua assim!
Olá, para além de seres muito giro, escreves muitissimo bem! Concordo bastante com o que disseste sobre o 30 dias de terror. Fui vê-lo ontem depois de ter lido a tua critica.
beijokas e bom trabalho!
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