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Uma pequena delícia, compacta (67 minutos), simples e extremamente eficaz, esta versão da história do Lobisomem, filmada em 1941 por George Waggner. Um verdadeiro clássico da fornada de horror da Universal que, se por um lado hoje em dia não assusta nem uma criança, por outro reune todos aqueles pormenores maravilhosos que hoje em dia fazem parte das mais valiosas memórias cinéfilas: paisagem enebuladas, figuras trágicas, monstros nem sempre bem conseguidos mas sempre carregados de personalidade, secundários caricatos, donzelas em perigo...Ainda assim, o que mais realça é essa componente trágica capaz de transformar uma besta assassina num ser passível de provocar simpatia e nesse aspecto, The Wolf Man é bem capaz de ser dos mais bem conseguidos que consegui ver do conjunto da Universal. O desespero e a incapacidade de um homem em controlar o corpo que se tranforma num irracional animal conseguem ser particularmente tocantes, dessa forma simples e ingénua, relegando para segundo plano essa incapacidade de provocar sustos, ou mesmo os primitivos efeitos visuais. Além disso, é também muito interessante a forma como é explorado esse confronto entre a mente e o corpo, e o controlo que ambos exercem um sobre o outro. Apesar de o elenco não ser particularmente excepcional, há que destacar as presenças de Bela Lugosi como o cigano Bela, e de Claude Rains (o famoso Captain Renault do filme Casablanca), como o pai do protagonista. Mais do que um mero tesouro arqueológico do cinema, The Wolf Man é uma história muitíssimo bem contada.

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